sexta-feira, maio 21, 2010

Que ha de errado na Geração Y


Queremos tudo, de uma vez, abraçar o mundo com as pernas, eu quero tudo e quero Agooooraaaaa!!!!!
É a geração do potencial, que enxerga além.

Que tem a ansiedade formigando nas mãos e que espera angustiadamente.

A Paciência não é o ponto forte, é o ponto fraco e forte ao mesmo tempo.

É a geração duvidosa, inesperada, que vai do sentido de urgência até a estagnação pelo conflito de identidade.

A dúvida sobre onde ir, onde focar, oque fazer permanece latente e martelando. O limite do que é possível e do impossível é muito próxima, nos sentimos pequenos e ao mesmo tempo grandes, tudo que se tem não é o bastante, pois, quando se tem, logo se desinteressa. A incessante e incansável busca pela perfeição nos torna cegos para oque realmente temos nas mãos e reféns de tantas opções.
Essa será a geração que não fará nda.

Vai ser conhecida pelo potencial não alcançado, como a promessa não cumprida, como o projeto que não vingou.

Ao contrário da geração passada que procurou o start up, passo a passo, não mensurou por cima, começou por baixo e conquistou step by step. E assim nos entregou, por cima, com abundância nunca antes vivida.

E oque fazemos melhor é destruir, destruir tudo, patrimônios, Impérios, natureza, pessoas, sentimentos, relacionamentos... somente sugamos e deixamos.

Somos aproveitadores, o ciclo de vida é: conquistar, sugar e descartar. Não construimos nada, apenas administramos um legado, levamos a ruina. "I create nothing, I own".

Essa é a geração de plástico. Isso é oque vamos entregar para a próxima geração



segunda-feira, maio 17, 2010

AQUI se preocupa muito com oque veste e não como veste.




A falta de criatividade em acessórios e a escassez de cores padroniza a moda em apenas algumas marcas que são super hiper inflacionadas.
Aqui o mercado não tem brecha para as roupas baratas e descartáveis, a lógica predominante funciona na mão oposta e anti-mercadologica: caro e duradouro.

Apesar da alegria estampada no rosto e no jeito carismático, que é intrínseco no povo brasileiro o conservadorismo aflora através da moda, da indústria e da arquitetura.

Os carros são todos pretos e pratas, 75% dos brasileiros compram essas cores.
No mercado como um todo, a visão que se tem é de que de todas as outras cores são enjoativas, tanto que a desvalorização dessas cores chega a 15%. Afinal:
"Você pode comprar o carro na cor que quiser, desde que seja preto", dizia Henry Ford.

Os prédios são cinza. Estrutura futuristas como de Ruy Ohtake, conhecido como"Prédio Roxo" (com desdenho) no alto de pinheiros não vinagam por estar além do seu tempo, causam incomodo e não combinam com a paisagem cinza ainda vivida.

No Brasil a ousadia está apenas no comportamento e não na forma de expressão.
O brasileiro se preocupa muito com oque veste e não como veste.

Links
http://veja.abril.com.br/230806/p_088.html

http://vejasp.abril.com.br/revista/misterios-da-cidade/predio-que-abriga-instituto-tomie-ohtake-deveria-ter-um-teatro


terça-feira, maio 11, 2010

Complexidade Social



A consciência do que temos só vem quando algo nos é tirado, quando privados de sensações conhecidas que transforma a escassez em vontade incontrolável.

Inseridos na sociedade nativa vivemos num emaranhado social, controlado por expectativas de comportamento, que dita oque tem que ser provado em cada etapa da vida. O gosto de não ter o controle só pode ser testado quando não se tem oque se perder. Quando sem a responsabilidade de manter e sim sobreviver.
Passamos muito tempo da vida tentando provar e maximizar cada etapa da vida, sem realmente viver de acordo com as necessidades. Hoje, temos o maior período de abundância já vivida na história da humanidade. Todo mundo consome, todo mundo têm. E todo mundo se torna complexo na prisão de ter que ter mais e controlar mais. E se tentar entender the Big Picture, nota-se uma autonomia limitada por tal complexidade. A abundância torna tudo muito superficial e trivial, não tem mais a sensação de querer com vigor.

Quando não temos mais status de filho, de graduado, de classe média e passamos por uma estrutural e básica viagem pela essência, sem ter que provar identidade, classe social, diferenciar se por cor, raça e bens materiais é que experimentamos ao menos um pouco do que a liberdade e caem as ilusões de que ter muito é ter felicidade.

segunda-feira, maio 10, 2010

...


Thailand Classic boat


FullMoon Party Fire Arc


Tsunami Advise






Dei me uma mulher que gosta de cerveja e eu conquistarei o mundo. Essa é uma frase de um copo que tenho em casa.
Após o retorno da volta ao mundo vc tira da bagagem uma reflexão, uma balanço geral de tudo que pensou, tudo que fez e realizou. Eu percebi que trouxe na bagagem uma confiança muito grande, inabalável.

A vida é uma divertida brincadeira e eu sempre quero jogar. E ganhar ganhar ganhar..
A visão acaba muito deturpada quando encontra frente a frente a antiga realidade social, a estrutura e cultura que continua a mesma face a realidade externa que tem uma dinâmica muito acelerada. Essa diferença é crucial ao se questionar se as mesma ações teriam efeito aqui.

A impressão que se da é que a mesma brincadeira fácil de lá fora não funciona e nem é tão divertida aqui dentro.

Passada algumas semanas o gigante fluxo de informações adquiridas começa a ser refinado dando a certeza do que se quer...

quinta-feira, maio 06, 2010

Pródigo X Prodígio



Restaurante em Kuala Lumpur MAlaysia

Pródigo é a pessoa que se revela por um gasto imoderado capaz de comprometer seu patrimônio. É considerada uma doença mental.

O pródigo pode ser interditado judicialmente. Quando este for interditado será nomeado um curador para que administre o patrimônio.

Prodígio – s.m. [...] 3. pessoa que apresenta alguma habilidade ou talento fora do comum; portento. adj.s.m. 4. que ou o que possui excepcional inteligência ou talento para sua idade (diz-se de criança).

Palavras tão próximas mas de significados opostos. Retorno para casa, como um filho pródigo ou prodígio?

A ansiedade toma conta, daqueles que querem tudo e querem é agora. A curva espaço/tempo se torna cada vez mais ascendente aguda.

O imediatismo traz angústia, sentimento de incapacidade, de ter menos capacidade e estrutura que a enxurrada de informações que queremos absorver.

Os prodígios são os arqui-rivais dos pródigos, e os pródigos são resultado deformados, "issues" de uma sociedade que não consegue proporcionar a dinâmica correta. O sentimento de tédio, independente da quantidade de tarefas, rotinas, projetos, pessoas que se tem contato, vem em escala acumulativa nos desafios sempre envolvidos com morosidade, má vontade, burocracia, e sistemas "burros".

Os prodígios fazem fila, mas a infraestrutura do mundo está com a capacidade instalada no máximo. O mundo é muito grande? Pelo contrário, está muito pequeno enxergando onde pode chegar.