domingo, abril 22, 2012

Livro verde Matacão, Uma lenda Tropical


Through the arc of the rain forest
Karen Tei Yamashita

Muito boa a capa, adorei

 Para quem leu esse livro verde da escritora nissei que mora nos EUA e escreve sobre a passagem de Kazumassa, um Japonês dos mais tradicionais que vive no Japão e tão logo se torna no mais tradicional status quo da sociedade nipônica mais um trabalhador como tantos, dedicado, leal e trabalhador. Mas um tanto quanto uma panela de pressão humana sufocado por essa pressão social imposta. Trabalhando no metrô japonês durante um tempo, fazendo sempre a mesma coisa e fadado a ser uma pequena peça da máquina Japão e consequentemente uma peça da sociedade global, chamada mundo, trabalhando sempre pensando no coletivo e nunca no individual.

 O interessante desse personagem principal, é oque está nas entrelinhas.

 No livro ele é um estranho personagem com uma bola que gira em torno de si, e ela é como um amigo (mascote) que ajuda ele nos diversis desafios da vida.

 O que não está explicito é que essa bola não é algo que gira em torno dele, e sim uma bola que está dentro dele. Um nódulo que está em seu corpo e que está se desenvolvendo conforme ele vai amadurecendo, un câncer. Ao invés de uma bola que é o fiel amigo dele a bola é algo estranho no seu corpo que está na verdade o matando. E todas as conquista expostas no livro como uma vitória graças a ajuda de sua bola na verdade é o impulso dele querer vivênciar mais um pouco do que resta de vida realizando e vencendo desafios, por causa dessa bola que está tirando a vida.

 A bem sucedida carreira no metrô do Japão, a mudança de vida para o Brasil, o desapego ao dinheiro da loteria, tudo mostra que ele está vivendo cada dia como seu último dia. Quase no final quando está rodando pelo Brasil com sua bola em busca do plástico do matacão, mostra sua deseperada busca por seu objetivos, ele já não tem mais endereço nem ao menos da notícias aos amigos, pois se isola e a cada dia sua maior certeza é que de seu objetivo é voltar a quem ele ama, mas não consegue encarar esse fatítico destino de ter que voltar com um prazo de validade.

 A bola é um paradoxo entre suas vitórias e suas derrotas, ela impulsiona a ele enfrentar os desafios pois ela impõe um deadline. Ela é seu melhor amigo, mas também seu maior inimigo, faz com que ele se mexa, e depois lhe tira a vida.

Ronaldo Aizawa

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terça-feira, abril 10, 2012

In time


In time

Para quem assistiu esse filme, acho que vai concordar comigo que ele deixa uma grande reflexão,
Mas ficaram alguns gaps como a facilidade de trocar o tempo de mão em mão que é muito grande, imaginem o desespero das pessoas que iam morrer por falta de tempo, iam avançar uma nas outras e o caos estaria estabelecido.
A realidade seria bem diferente, haveria certamente uma senha para colocar a cada troca de tempo, assim como qdo se compra um aplicativo no celular, deveria se colocar uma senha para confirmar a transação antes da transferência.

E Quem controla o processo do tempo, tanto a parte hardware quanto a software?
A tendência econômica mundial é da sinergia através da fusão das empresas, isso gera ganho de escala, poder de barganha, mercado, redução de custo e consolidação da marca etc. A empresa que controla tanto a produção dos relógios quanto dos scanners, deve ser a mesma que controla o conteúdo da transação.Portanto seria uma única empresa, uma junção de uma Dell, com Microsoft, com facebook? Uma controla hardware, outra software e outra o quantidade de dados coletados pelo relógio, histórico, informações, relacionamento entre cada indivíduo ,quantidade de trocas na semana, projeção de falta de tempo ou morte pelo histórico das trocas, cruzamento entre quantidade de horas gastas com bebidas com quantidade de tempo ganho com trabalho, etc.

Fora que é possível mapear todos os relógios, então é provável que deve ser tb powered by google.

Mas fato é que filme deixou grandes brechas, como a falta de controle de uma sistema tão complexo qto o tempo, as pessoas simplesmente aceitam o fardo de serem pobres e terem que viver com o tempo de 24h a cada dia de trabalho e quando um lunático se revolta e começa a roubar e destruir o sistema eles não conseguem controlar.

Sinceramente os guardiões do tempo são desprovidos de ferramentas que no futuro certamente teriam. Cada relógio implantado qdo a criança nasce já acarreta de uma série de facilitadores para controlar esse indivíduo, como localizador, imunizador de movimentos, entre outras facilidades que até um celular tem hoje. E esses relógios assim como um celular poderia ter upgrades e aplicativos. Por ex. uma pessoa que tem mais de 10 séculos de vida teria tempo suficiente para adquirir novos aplicativos para o seu relógio.