Push forward

Muitos já me chamaram de louco. Muitos dizem que tenho cara de louco. E muitos já disseram que eu era louco de partir para abrir a Beetrip sozinho, largando tudo para começar algo saindo do papel, que ainda estava no forno.

Eu me considero um louco, mas um louco moderado, que enfrenta com cautela.
Hoje entendo que ser empresario é assumir riscos e não basta ter pica grossa para isso, uma decisão feita hoje só terá certeza de ser certo ou errado muito na frente e suas costas terá que aguentar o peso da empresa ate ter a certeza do caminho correto.

Um ótimo conselho é ouvir muito as pessoas antes de empreender algo, e outro é, ignorar muito oque elas falam. Se ouvir realmente funcionasse eu não teria ido para o Canada pois é muito frio lá, e também não teria ido pra Austrália pois só tem gente zuando e para Inglaterra também não pois só tem gente fria. A Beetrip não teria saído do papel pois e loucura e assim continuaríamos na idade das trevas do intercambio. Vão me chamar de louco outra vez com a Beetrip Tatuapé.

Se a decisão e correta ou não?

Pode ser que sim, pode ser que não, me pergunte daqui a 5 anos. Eu já aprendi que o importante e continuar jogando, keep playing. Muito prazer.

Eu sou Ronaldo

Inconsciente coletivo de autodestruição

NYC

O brasileiro gosta de heróis, não importa o quanto você consegue ir avante, o esforço que fez ou o quanto inteligente e preparado tu és.

Nossos modelos vem de personagens que conseguem: "se dar bem", um personagem como Neymar cai muito mais no gosto popular do brasileiro que um Eike Batista, o primeiro consegue explodir em ascensão ainda jovem, sem precisar de fato ralar o intelecto e sim vencer pela habilidade específica e pelo carisma, figura bem diferente do segundo personagem que tem coragem de empreender em uma economia inóspita e impeditiva ao crescimento.

Parece que a segunda figura gera uma repulsa nas pessoas, por enxergarem uma pessoa bem preparada se dar bem parece que é uma pessoa que não merece estar nessa posição aos olhos das pessoas em geral. 

O sentimento é de esculhambar os que se preparam, os que querem inovar. E todos se gratificam quando tudo da errado, como uma mensagem de "eu te avisei" ou então "ta vendo se põe no seu lugar", como um inconsciente coletivo de "nós não nascemos pra isso" e sem levar em conta o império criado a sua volta e a quantidade de empregos gerado na economia ou ainda a posição alcançada em inovação e a marca mundial gerada com a criação dessas empresas, ao invés de torcerem para ter um Eike no setor de bens de consumo, um no automobilístico e alguns no setor se serviços, preferem idolatrar um figura de herói na qual conseguem se identificar e até almejar, em um pais onde o acesso a educação é precário, é muito mais fácil se identificar com um herói que nasceu pobre e conseguiu se dar bem na vida sem precisar de preparo e somente com sua habilidade natural de jogar bola ( não me admira que o Lula tenha sido o líder com a maior aprovação popular do Brasil). Isso mesmo que seja uma riqueza só para ele, individual, que reforça apenas o egoísmo e individualismo das pessoas, isso é Brasil.


Trilha Sonora: Diogo Nogueira - Me leva.