sábado, junho 30, 2012
Um passeio pelo Centro histórico de SP
Ronaldo, uma vez foi ao centro da cidade passar em uma loja, rodou e não achando vaga deixou o carro num estacionamento na Rua Lingh 43, uma ruela escura e com asfalto de paralelepípedo.
Passou o dia no centro e na volta não tinha certeza de onde estava o carro, procurou nas ruas do centro, mas lembrava que não tinha deixado em zona azul.
Chegou próximo a uma senhora e perguntou apontando para o ticket onde era essa Rua Lingh, a senhora apontou e disse para seguir em frente e virar a esquerda.
Ronaldo chegando ao estacionamento viu a grama alta por fazer e entrou no estacionamento com certa dificuldade pelo degrau desnivelado um do outro e deu de cara com um homem que nem o olhou e estava sentado em sua mesa sem muito coisa para fazer e na sala ao lado uma mulher com cara emburrada também não deu a mínima para Ronaldo.
Ronaldo então indeciso se dirigiu para a mulher mostrando o ticket, pelo aspecto do local achou que pagaria R$15 no máximo R$20 reais. Mas a "simpática moça" lhe cobrou R$37 reais.
Ronaldo: - R$37 reais!? ele disse, abrindo a carteira e pagando com uma nota de R$50.
Moça: - Não disse nada, apenas pegou o dinheiro e lhe deu o troco.
Ronaldo: Isso aqui não vale oque se paga, chegar nesse lugar que parece uma casa abandonada, com a grama alta, que mais parece uma casa adaptada, não tem fácil acesso pela porta e quando entra não tem alguém que te de boa tarde e que direcione para o local certo.
Moça: Com cara de poucos amigos e fechando de vez a cara responde: Não tem jeito, aqui é o centro e deu um bufo de encheção de saco em tom desafiador complementa: "não gosto deixa na rua" com a convicção daquelas pessoas que ganham a venda mas não ganham a indicação.
Ronaldo: - Ter que olha pra essa cara de quem está me fazendo um favor e que parece que morreu e esqueceu de deitar não é eficiência, não é prompt service. Mesmo com condições adversas, não justifica não ter postura, não abrir um sorriso, desistir da vida e entrar nessa ciclo de decomposição.
Eu abri a carteira para colocar o dinheiro e vi que a nota de R$5 estava rasgada no meio e pedi para ela trocar porque estava rasgada. Ela trocou e eu lhe disse: - Obrigado e ela sem jeito disse: "de nada".
Alguns anos depois fui ao centro, por curiosidade voltei a Rua Lingh 43. A rua estava renovada, com as calçadas revitalizadas e no lugar daquela deformada casa/estacionamento estava um galpão enorme e bem sinalizado, com um recepção digna e entrei para conversar. Vi que era a mesma moça e ela me reconheceu quando cheguei. E já começou a me falar que havia mudado o jeito de dirigir o negócio, colocou o marido que ficava sentado o dia todo para rodar o centro e oferecer vagas mensais, com o serviço de entrega do carro para os clientes e tinha vagas demarcadas para bicicletas e motos, além disso vendia horas de estacionamento por mês para empresas de entrega que não podia circular com caminhões grande pelo centro durante a semana e conseguia faturar para essas empresas.
Com essa antecipação de dinheiro colocou um manobrista e contratou uma senhora, aquela que pedi informação para ela ser uma "mulher placa" com sinalização do estacionamento. Esse ciclo de energia mudou a dinâmica, ela mudou a postura, se vestia melhor e tratava os clientes de modo cativante.
Reparei que na parede atrás dela ficava um quadro com uma nota de R$5, nãop precisei perguntar nada ela mesma me afrrmou que era a mesma nota rasgada que há alguns anos atrás ela havia me dado e eu rejeitado.
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